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As eleições são sempre um momento
importantes da vida democrática: é a altura dos cidadãos escolherem o rumo que
querem dar a sua pátria. Todavia, em Cabo Verde, o debate programático e
político, tem ficado num patamar inferior enquanto pequenos factos pessoais dos
políticos têm marcado as campanhas eleitorais. Face a este histórico e perante
a conjuntura é importante que os cidadãos se esforcem para exigirem dos
políticos programas eleitorais credíveis e que consigam dar resposta as
demandas da população.
Cabo Verde tem feito um percurso
fantástico: somos um país relativamente jovem e que tem conseguido ao longo dos
anos ter um desenvolvimento consolidado ao longo dos anos, sendo esse processo
marcado por uma estratégia de transformação, tendo por base uma visão que o
país possa se tornar num centro internacional de prestação de serviços. Essa
visão, quase unanime na sociedade, requer nos próximos anos um aumento da produtividade nacional para
que o país possa competir num mundo tão exigente.
Apesar dos muitos ganhos que o país
conseguiu nas últimas décadas encontramo-nos hoje numa encruzilhada: mesmo
tendo feito um percurso notável, os problemas sociais ainda estão aí para serem
resolvidos, num cenário internacional pouco favorável ao apoio exterior. Se por
um lado o nosso maior aliado internacional e o nosso maior parceiro económico,
a União Europeia, se encontra em crise, a graduação do país como país de
rendimento médio trouxe importantes desafios no tocante a busca de mecanismos
de financiamento.
Os desafios são enormes, num país
onde o desemprego estrutural abala os sonhos de uma juventude lutadora e
sonhadora.
Perante este cenário, as próximas
eleições serão decisivas para o futuro do país e requerem estratégias que
consigam alavancar o crescimento económico de forma consistente. Os desafios
que o país tem pela frente só poderão ser consolidados se cada ilha conseguir
ter uma economia local que consiga ser uma mais-valia para o país.
Jonathan
Vieira.
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